quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

7 mulheres e 1 ano novo.

Entra ano e sai ano e não consigo cumprir nenhuma resolução que me proponho na virada do ano. As mandingas que eu conheço para conseguir um namorado não me mostram resultados. Virar o ano com calcinha vermelha não causa mais efeito, a não ser que seja para fazer contraste com as beges usadas para os outros 364 dias.
Dizem que o resto do nosso ano é uma espécie de reflexo de como passamos a noite de reveillon. Pois bem, eu passo a virada sempre de uma maneira nada inusitada. Minha tia Dóris tem uma casa em Petrópolis, é lá que eu, minha prima Adelaide e mais três outras tias, adeptas do esquema “sou encalhada, mas tô na moda” passamos um alucinante ano novo. Não posso esquecer de mencionar a cadelinha Dayse, uma poodle que para completar o time faz tempo que não cruza com um macho.
Uma casa com sete mulheres onde nem o cachorro é macho não pode ser bom agouro para o resto do ano, né? Imagina os reflexos ao longo do ano...

A nossa única curtição é assistir ao show da virada na Rede Globo (please, kill me now!). Todo ano parece que usam a mesma fita dos anos anteriores. São sempre os mesmos artistas, os cantores sertanejos, os da Bahia, e aqueles conjuntinhos de meninos que usam umas franjinhas tampando os olhos e estão sempre com a feição triste, meio jururu, como chamam esses conjuntos hoje em dia?
A solução é apelar para as superstições e crendices populares para atrair boas novas para o ano que vem chegando. Conheço uma muito boa e sempre tento realizar: Pular sete ondinhas e fazer sete pedidos. Funciona mesmo! Você pula cada onda e mentaliza um pedido paras ser realizado ao longo do ano. O único problema é que em Petrópolis não tem praia, mas na casa da tia tem uma piscina de plástico de mil litros, o jeito é fazer movimento na piscina e pular as marolinhas...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Saudades do Peru no natal...

Natal se aproximando, já sinto todo aquele clima Jingle Bells em minhas entranhas. A Leader Magazine e o Guanabara desde outubro já estavam nos preparando para esse momento, a gente que não prestou atenção. Agora ficou tudo em cima da hora para ser resolvido, os presentes para serem comprados, os preparativos da ceia e enfrentar o inferno dos shoppings no fim do ano. Lembrete pra 2010: quando a Leader anunciar nos comerciais que já é natal, acredite nela!
Eu não sei da sua família, mas a minha faz uma questão de reunir todos, brota família até do Amapá, uma alegria generalizada. Aí tem sempre aquele raio de amigo oculto que surge como uma forma de escapar da obrigação de presentear aquele monte de gente que você nem tem intimidade. O natal na minha casa é bastante recheado. Tem muita rabanada, muito peru, muito vinho, presentes e mais presentes, mas especialmente o meu natal é recheado por casais.
Uma série de primos que se casam e procriam em progressão geométrica, no fim das contas é só mais um motivo para a família lembrar que eu sou a única ali sem um par. Tia Doris nunca esquece me lembrar “Mais uma festa natalina e você só preenchendo sua noite com rabanadas, ta na hora de preencher esse vazio, filhinha!”. Vazio está aquele peru dela, sem recheio nenhum!
Mas nada no mundo é tão humilhante comparado ao que eu tenho que passar de dois em dois anos nas noites natalinas. Como só eu e minha prima Adelaide não fomos contempladas com a divina dádiva de ter um namorado, fomos agraciadas com a função de revezar e vestir a fantasia do Papai Noel e fazer a alegria da criançada, carregando um enorme saco cheio de bugigangas. Fala pra mim, consegue pensar em noite de natal melhor?
Pelo menos eles permitem que Papai Noel beba vinho porque entra ano e sai ano, a tarefa de ser o bom velhinho não sai de nossas mãos. Mas, apesar de tudo e qualquer coisa, eu amo o natal e preciso confessar que espero todo ano ansiosamente por ele porque é a única data certa que vai ter peru na minha noite!

Muito Jingle Bells na noite de vocês!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nem sex, nem city.

Bem, esse primeiro post está mais difícil de sair que mulher encalhada num sábado à noite. Achei que seria fácil fazer as piadas recorrentes sobre as experiências que a vida de solteira pode me proporcionar, sobre esse meu universo-single-particular e toda a “bad trip” que já passei.
Não! Em nenhum momento nessas linhas quero parecer uma velhota ranzinza e chata, que está amargurada porque vai ter que passar o fim de semana cuidando dos filhos da irmã. Não! Que os Deuses me livrem de tal estereótipo! Digo que sou bem esperançosa, acredito em todas as baboseiras possíveis, amor a primeira vista, casamento, no “felizes para sempre”, alma gêmea, príncipe encantado então nem se fala. Ele existe sim, sério mesmo, tem muita mulher por ai que jura de pé junto que tem um desses em casa, levando café da manhã na cama e tudo. Eu acredito. O meu inclusive existe sim, mas provavelmente ele está em coma profundo em algum hospital do Alasca, só vai demorar um pouquinho para acordar e me encontrar... Torça para que seu príncipe esteja apenas em um coma alcoólico leve depois da final do ultimo campeonato.
Viu só, como eu ainda tenho esperança? A minha não morre jamais, ela apenas está no coma com o príncipe sem data prévia para acordar. Mas tomem cuidado com esse papo de príncipe, qualquer um pode ser disfarçar muito bem. Não se lembram que até a Xuxa teve príncipe num cavalo branco naquele filme “Lua de cristal”??? Até Sergio Malandro já subiu no cavalo e serviu para príncipe, portanto cuidado com tudo que a vida oferece. A vida, às vezes, não é muito seletiva.

É melhor não me alongar muito, até porque daqui a pouco vai começar o Bingo e não posso perder minha única diversão do sábado à noite (Iupii!). Não foi tão doloroso escrever o post, mas também não foi no todo fácil, é como diria um amigo meu, até para ser solteira (e escrever, é claro) tem que ter vocação! Pelo menos sei que meu talento para a solteirice não vai me desamparar.
Que fiquei claro que o objetivo não é contar lamúrias de mesa de bar, e sim tentar o bom humor como escape, porque queridas, preciso dizer que com tantas décadas de celibato só com muito bom humor para sobreviver!